
Dia Mundial da Luta contra a SIDA
De acordo com o último relatório das Nações Unidas, no âmbito do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH (UNAIDS), em 2018 foram diagnosticados 1.7 milhões de novos casos de infecção pelo VIH no mundo.
Em Angola, durante o mesmo período, foram notificados cumulativamente 330.000 pessoas que vivem com a infecção, 28.000 novos casos e cerca 14.000 óbitos relacionados com VIH. Ainda em 2018 foi reportado em Angola o aumento de infecções por VIH em crianças.
O que é?
O Síndrome da Imunodeficiência Adquirida mais conhecido pela sigla SIDA, trata-se de um quadro clínico que resulta da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, do qual se conhecem dois tipos, VIH 1 e VIH 2.
O VIH é um retrovírus que destrói um tipo específico células sanguíneas denominadas por CD4+ (um dos grupos funcionais dos Linfócitos T), fundamentais para o bom funcionamento do sistema imunitário. Devido à destruição das referidas células, o sistema imunitário degrada-se e os indivíduos infectados com VIH ficam mais propensos a contrair outras infecções ou outro tipo de doenças.
Como se transmite?
O vírus encontra-se no sangue, esperma, secreções vaginais, placenta e leite materno. Pode ser transmitido através de contacto com sangue de pessoas infectadas (transmissão sanguínea), contacto sexual sem protecção (transmissão sexual) e de mãe para filho (durante a gestação, parto ou amamentação).
O principal factor de risco do VIH é sem sombra de dúvida a prática de sexo desprotegido, principalmente se as relações sexuais forem praticadas com múltiplos parceiros.
Quais são os sintomas?
Numa fase inicial pode não haver qualquer sintoma o que leva a maior parte dos indivíduos a desconhecer o seu estado serológico.
Entre cinco a trinta dias após transmissão da infecção, as principais queixas são semelhantes a uma virose: dores de garganta, febre, mal-estar geral, cansaço, aftas e úlceras na boca, adenopatias e manchas no corpo semelhantes a uma alergia.
Após esta fase aguda (pós contágio), o indivíduo entra numa fase silenciosa ou seja sem qualquer sinais ou sintomas. Este período dura em média 8 a 10 anos.
Mais tarde, quando as defesas do organismo se encontram bastante degradadas, surgem os sinais característicos da doença ou seja infecções e/ou a tumores relacionadas com a diminuição das defesas do organismo. Esta é a fase SIDA que é o período final desta longa fase silenciosa.
Quem deve ser consultado?
Na presença dos sintomas enumerados ou caso ocorram acidentes ou comportamentos de risco, podem ser consultados os Médicos Especialistas em: Infecciologia ou Medicina Interna.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através de testes serológicos para pesquisa de anticorpos do vírus VIH. Em caso de resultado positivo, são posteriormente solicitados outros testes tais como a quantificação de CD4 e carga viral.
Como se trata?
Ainda não existe cura. Existem sim, múltiplos medicamentos para tratamento que permitem uma vida muito semelhante à da população em geral.
Outros conselhos que permitem ter uma sobrevida igual ao resto da população são: ter uma boa qualidade de vida, bons hábitos alimentares e evitar contrair outras doenças sexualmente transmissíveis.
Estratégias de controlo e prevenção?
Actualmente, dispomos de conhecimentos e ferramentas que permitem que a infecção pelo VIH deixe de ser uma questão de saúde pública. A prevenção passa pela utilização de preservativo durante actividades sexuais e a adopção de comportamentos que permitam evitar o contacto directo com sangue ou produtos derivados.
Em caso de gravidez, o acompanhamento pelo seu médico é fundamental durante todo o período de gestação, parto e após o nascimento do bebé.
Referências
https://news.un.org/pt/tags/unaids