Malária

Abril 11, 2024 - by Gabinete de Comunicação e Imagem - in Dicas & Notícias

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A Malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito do género Anopheles, infectado.


Continua a ser um grande problema de saúde a nível mundial, mas em especial na África Subsariana, que reporta cerca de 95% dos casos de malária a nível mundial. Em Angola cerca de um quarto da população é afectada pela malária e esta é um importante contribuinte para a mortalidade. A malária é a principal causa de morte em Angola, afectando mais as mulheres grávidas e as crianças com menos de 05 anos, em termos de mortalidade.


A maioria dos casos de malária na África Subsariana deve-se a infecção com Plasmodium falciparum, a espécie associada à doença mais grave.


Existem cinco espécies de Plasmodium que podem infectar os seres humanos. As espécies P. vivax, P. ovale e P. malariae geralmente causam formas menos graves de malária que raramente são fatais. A espécie P. knowlesi raramente causa a doença em seres humanos. A espécie mais frequente em Angola é o falciparum.


Infecção concomitante por mais de uma espécie de Plasmodium é incomum, mas pode ocorrer. Os factores-chave para o sucesso do tratamento da malária são o reconhecimento precoce, o diagnóstico urgente e preciso, e o tratamento imediato com fármacos eficazes.


Apresentação clínica
Os sintomas começam a manifestar-se entre 10 e 15 dias após a picada por mosquito. A apresentação clínica precoce da malária, assume o carácter de doença febril aguda indiferenciada, em que, febre, arrepios, fadiga, cefaleias, dores articulares e musculares são comuns, assemelhando-se a muitas outras infecções, como por exemplo a meningite, febre tifóide, febre amarela e Covid 19.


As apresentações mais graves da malária, muitas vezes devido a atrasos na procura de cuidados de saúde, incluem distúrbio respiratório (que pode ser confundido com a pneumonia), icterícia, convulsões, coma ou morte.


Uma nova infecção a plasmodium geralmente causa sintomas mais ligeiros. No entanto, esta imunidade parcial, pode desaparecer no prazo de meses a anos, se a pessoa não for continuamente exposta à doença.
Malária em crianças pequenas é frequentemente enganadora, devido à febre inespecífica, prostração, má alimentação, vómitos e diarreia.


O diagnóstico de malária tem por base:
➢ Microscopia óptica do sangue (esfregaços finos ou gota espessa).
➢ Testes rápidos de diagnóstico, TRD, da malária, detectam enzimas ou antígenos do Plasmodium.

Malária Grave
A evolução para doença grave pode ser rápida, particularmente em pessoas não imunes e imunocomprometidas, crianças pequenas e mulheres grávidas. A malária grave é uma emergência médica que requer um tratamento parenteral imediato, cuidados intensivos de enfermagem, e uma monitorização e tratamento cuidadoso das complicações. Define-se malária grave pela presença de uma ou mais das seguintes características clínicas e laboratoriais:

➢ Síndrome do desconforto respiratório agudo/edema pulmonar
➢ Sangramento por trombocitopenia (plaquetas baixas)
➢ Anemia
➢ Coma e consciência prejudicada (encefalopatia)
➢ Insuficiência renal aguda
➢ Icterícia
➢ Hepatomegalia
➢ Esplenomegalia
➢ Convulsões (recorrentes)
➢ Choque
A malária grave tende a resultar de P. falciparum.


Malária na gravidez
A malária é frequentemente mal diagnosticada na gravidez, requerendo uma diferenciação cuidadosa das complicações da gravidez, incluindo infecções intra-uterinas e do trato urinário.
A hipoglicemia, síndrome de dificuldade respiratória aguda e anemia, são complicações importantes da malária na gravidez, sendo a anemia a mais comum. O risco de malária grave em mulheres grávidas estende-se até ao período pós-parto imediato.


Malária nas crianças
Febre, letargia, má alimentação, vómitos e diarreia são os sintomas mais comuns em crianças pequenas, ao invés da típica cefaleia e mialgia presentes em adolescentes e adultos.
A evolução para malária grave é muito rápida em crianças pequenas.


Tratamento
A malária é tratada com medicação antimalárica. A escolha do fármaco depende do tipo e gravidade da doença. Medicamentos para baixar a febre, como o paracetamol, e hidratação.
A malária não complicada pode ser tratada com medicação oral como:
➢ Coarten (Artemeter + lumefantrina)
➢ Asu – denk ( sulfamethoxypyrazine + artesunato + pyrimethamine)
➢ “Artemeter “ IM
Malária Grave
➢ Artesunato
➢ “Quinino variável”


Prevenção
Os métodos usados para reduzir a malária através da diminuição do número de transmissões são denominados controlo de vectores.

Medidas profilácticas contra mosquitos em termos de protecção individual incluem:
➢ Usar spray de insecticidas residuais de permetrina ou contendo permetrina (que têm acção prolongada).
➢ Colocar telas nas portas e janelas.
➢ Utilizar mosquiteiro (preferencialmente impregnado com permetrina ou piretrum) em torno das camas.
➢ Aplicar repelentes de mosquitos como DEET (dietiltoluamida) 25 a 35% à pele exposta.
➢ Usar camisa de manga comprida e calças compridas protectoras, especialmente entre o anoitecer e o amanhecer.


Dr. Daciano Martins, especialista em Medicina Interna.

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