CANDIDÍASE VAGINAL

Agosto 07, 2024 - by Gabinete de Comunicação e Imagem - in Dicas & Notícias

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A candidíase é uma doença infecciosa causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, que se encontra naturalmente no organismo humano, principalmente na região íntima de homens e mulheres. Normalmente, a presença deste fungo não causa qualquer sinal ou sintoma, mas se existir um desequilíbrio da flora vaginal, pode ocorrer um crescimento excessivo do fungo e este espalhar-se para a vulva, vagina ou pénis. Embora existam vários tipos de fungos Candida, a denominada Candida Albicans é responsável por 90% das infecções registadas.

 

SINTOMAS

A Candidíase genital feminina apresenta uma variedade de sintomas que podem afectar a qualidade de vida das mulheres, sendo os mais frequentes:

  • Prurido/Comichão ou irritação na vagina e na vulva
  • Secreção vaginal ligeira, espessa e inodora (ocasionalmente presente)
  • Vermelhidão na vulva devido à inflamação
  • Cobertura da parede vaginal por uma substância branca (semelhante a queijo branco ou a leite coalhado) Dor nas relações sexuais

Nota: Os sintomas podem piorar uma semana antes do início da menstruação.

 

FACTORES DE RISCO

A candidíase vaginal é causada principalmente pelo crescimento excessivo do fungo Candida Albicans na vagina. Este crescimento descontrolado pode ser desencadeado por diversos factores como:

  • O uso prolongado de medicamentos como: antibióticos, contraceptivos orais, corticoides, quimioterapia. Os antibióticos de amplo espectro são usados para combater infecções, porém, além do seu objectivo de eliminar as bactérias, eles também diminuem o número de “bactérias boas” que são as responsáveis por impedir o crescimento dos fungos.
  • Gravidez: Neste período, ocorrem mudanças hormonais, em especial o aumento da hormona estrogénio, o que torna as mulheres mais susceptíveis à proliferação dos fungos, especialmente a Candida Albicans.
  • Diabetes: o sangue e demais fluídos corporais (como o muco vaginal) da pessoa com diabetes, comparativamente ao de uma pessoa sem diabetes, tem um teor muito mais alto de açúcar, do qual o fungo Candida se “alimenta” e por isso se reproduz com muito mais facilidade.
  • Todas as doenças que afectam o sistema imunitário (como o VIH/SIDA) aumentam o risco de candidíase.

Estes fungos são agentes oportunistas e causam infecção sempre que as defesas do hospedeiro – pessoa infectada –  estão diminuídas.

Os antibióticos administrados por via oral tendem a matar as bactérias que normalmente residem na vagina e que impedem que o fungo cresça. Assim, o uso prolongado de antibióticos aumenta o risco de ter candidíase.

  • Em mulheres em idade fértil, a candidíase por Candida Albicans é bastante comum. Esse fungo normalmente reside na pele ou no intestino. A partir dessas áreas, ele pode espalhar-se para a vagina. O período pré-menstrual também pode favorecer a sua ocorrência pela elevação significativa da hormona progesterona, que altera o PH vaginal, predispondo à candidíase.
  • A candidíase é rara após a menopausa, excepto em mulheres que tomam terapia hormonal da menopausa.
  • A candidíase não é transmitida por contacto sexual.

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico deverá ser feito de duas formas:

  • Avaliação médica (sintomas, histórico de saúde e exame pélvico-ginecológico)
  • Análise de uma amostra do corrimento e/ou do líquido.

O médico suspeita da presença de candidíase com base nos sintomas descritos em consulta, tais como: secreção espessa, branca e semelhante a leite coalhado; comichão e ardor vaginal.

É possível um diagnóstico imediato, colhendo amostras da vagina ou do pénis e examinando-as ao microscópio.

Trata-se de um procedimento essencialmente clínico que pode ser confirmado laboratorialmente por exame microscópico a fresco e/ou cultural (em meio de cultura específica para fungos).

 

TRATAMENTO

  • Uso de medicamentos antifúngicos

A candidíase é tratada com medicamentos antifúngicos. Podem ser utilizados por via oral, local (vaginal) sob a forma de creme, pomada, ou óvulos e injetável, em função do quadro clínico.

Os medicamentos antifúngicos (por exemplo, o fluconazol e itraconazol) tomados por via oral carecem de receita médica. Uma dose única de fluconazol é tão eficaz como os cremes e pomadas. No entanto, se as infecções se repetirem muitas vezes, é possível que a mulher precise tomar várias doses.

Importante: Os óleos presentes nos cremes e pomadas antifúngicas enfraquecem os preservativos e diafragmas à base de látex, pelo que, durante o tratamento para a candidíase, deve evitar-se o uso de produtos à base de látex para controlo de natalidade.

 

PREVENÇÃO

No caso das formas cutâneas de candidíase, a prevenção passa pelos seguintes cuidados:

  • Manutenção da pele limpa e seca
  • Utilizar roupa pouco apertada e de algodão
  • Uso adequado de antibióticos
  • Hidratação e nutrição adequada, uso de alimentos ricos em lactobacilos (ex: iogurte)
  • Estilo de vida saudável

No caso do(a) paciente ter uma doença que aumenta o risco da candidíase, como a diabetes ou a infecção pelo VIH/SIDA, é essencial que seja feito um acompanhamento regular.

Mulheres com alto risco de candidíase podem necessitar de tratamento antifúngico oral para prevenção. Este grupo inclui mulheres com diabetes, que precisam de tomar antibióticos por períodos prolongados e aquelas que sofrem de episódios recorrentes de candidíase, especialmente se possuem um sistema imunológico enfraquecido.

Algumas medidas complementares de prevenção passam também pelo seguinte:

  • Manter a vulva seca e usar roupas folgadas, de algodão, que permitam a circulação do ar, o que pode reduzir a humidade da vagina e vulva, pois o ambiente húmido estimula o crescimento dos fungos e com este tipo de prevenção, ajuda a impedir que eles cresçam.

 

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

  • Oluwatosin Goje, MD, MSCR, Cleveland Clinic, Lerner College of Medicine of Case Western Reserve University,Revisado/Corrigido: mar 2023
  • -Manual merck

 

Perfil Médico:

Dra. Edna Agostinho, casada, Mãe de três filhos.

-Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Jean Piaget em 2009.

-Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Lucrécia Paim em 2016.

-Ecografista desde 2008 pela Diagnósis e Fatesa (Faculdade de Tecnologia em Saúde, São Paulo, Brasil).

-Pós graduada em Medicina Fetal pela Fetal ID de Barcelona.

-É médica efectiva e responsável pela área de Ecografias em Ginecologia e Obstetrícia na Clínica Vida.

Áreas de intervenção:

  • Ecografia em Ginecologia e Obstetrícia
  • Consulta de Ginecologia-Obstetrícia
  • Seguimento e Rastreio Pré-Natal
  • Medicina Fetal

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